No fundo do jardim existe um muro
O qual desde guria eu suspeito
Que separa o meu presente do futuro
O lado claro e o escuro do meu peito.
Suponho que os dois pólos profundos
Separam para todos estes mundos,
Não somente em mim com o meu sisma,
Sonhos, medos, devaneios e carisma.
Mas se a Poesia nasce do absurdo
Como a invisível presença de uma ilha
No maternal e imenso seio da coxilha,
O que me dá esse ar vago e passo etéreo
É que ouço uma trilha, num tom surdo,
Na cercania desse muro de mistério...
(sem data)
Há 6 anos
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