segunda-feira, 16 de março de 2009

A ribalta (de Alma Welt)


Detalhe de uma litografia de Guilherme de Faria que retrata a poetisa Alma (em especial seus cabelos)

A ribalta (de Alma Welt)

Sou feliz, meus leitores, reconheço,
Pois amo e sou amada, nada falta.
Em torno a mim, a teia que não teço:
A platéia calorosa, eu na ribalta.

Atenta aos meus versos de guria,
(pois que piá ainda já me ouviam)
Que somente ventos fortes impediam
Declamar meus versos... que mania!

E assim se me tornou essencial,
Que como respirar eu necessito
Escrever o meu soneto matinal,

Outros tantos depois durante o dia,
Sonetos que, esses sim, tecem o mito
Que me fiz em honra mesma da Poesia!

(sem data)

Nota
Este curioso soneto que acabo de descobrir na arca e de identificar como inédito, contém ao meu ver a chave para o entendimento de como a Alma via o seu fazer poético quase compulsivo: ela tinha consciência de viver através de sua própria poesia, que foi, realmente, erigindo-a em mito vivo, "tecido" soneto por soneto. (Lucia Welt)

2 comentários:

Anônimo disse...

Você é boa com sonetos, conseguirá escrever algo além deles?

;)

Visite meu blog.

A gente conversa.

Anônimo disse...

Bem, agora li a sua descrição sobre o blog...
Céus,
Falei besteira. xD.

Abraços,
Boa sorte nesse seu intento de publicar a obra de tua irmã.

Henrique (geminilibre).