Na infinita pradaria dos meus sonhos
Coruscante de orvalho e pirilampos
Com esparsos umbus por sobre os campos
Como sóbrias silhuetas, tão tristonhos
No sono reverente da Natura
Que espera o amanhã pra renascer
Em explosão de sons e de verdura
Com toda a passarada a agradecer,
Fiz da vida meu dia e meu poema,
Que da noite faria meu momento
De reflexão do Grande Tema...
Pois estou viva e jazo no elemento
Meu, que me foi dado pelos deuses
Que neste Sul demoram seus adeuses.
14/01/2007
Nota
Encontrei esta manhã na arca do sótão este soneto que confirma o panteísmo da Alma. A grande Poetisa convivia com os deuses antigos do Olimpo e do Walhalla, neste Sul, onde ela acreditava que vieram se refugiar e hesitavam em abandonar a Mãe Natura, "demorando-se" em infinitos adeuses, renovados todas as noites.(Lucia Welt)
Há 5 meses
Nenhum comentário:
Postar um comentário