sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Amor sem rosto (de Alma Welt)

Meu amor, a ti me dirigindo,
Saiba que te não personaliso,
Ao menos por enquanto, o que é lindo,
Pois és Amor, és Eros, Dioniso...

Bah! Quisera manter-te assim sem rosto,
Já que sendo deuses pouco valem
Os traços de uma máscara ou de um gosto
Que o Tempo não retém ou que se calem.

Como um nume, ou príncipe, quem sabe,
Toma-me nos braços que sou Alma
E minha alma no corpo já não cabe...

E leva-me, que me finjo adormecida,
Com aquela volúpia nada calma
Da guria que fui... cheia de vida!


15/01/2007

Um comentário:

Anônimo disse...

Lúcia, tudo bem com a senhorita? Lindo são os versos da querida poetisa que partiu. Ainda permanece aqui! Tenho com todo carinho o Livro que ela me enviou e a dedicátoria. Um grande abraço, até breve,

R.Vinicius

(Sinta-se avontade para visitar-me no meu espaço de poesias.) Acho que a senhorita lembra de mim, de qualquer maneira, sinta-se sempre convidada e bem vinda!