Do soneto, inesgotável como a música
Que infinitas melodias nos permite,
Menos me instiga a face lúdica
Que a de uma dor que não se evite
Pois se reprimo o verso que me venha,
Enlouqueço logo com a insistência
Com que ele exige que o mantenha
Num soneto de amor, de preferência.
Mas o melhor verso é o que aparece
Quando nem mesmo amando estou,
Coisa que difícil me parece,
Pois sonhadora do presente e do real,
Vim ao mundo, versejei, daqui me vou
Como se nunca tivesse visto o mal...
27/11/2006
Há 6 anos
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