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domingo, 23 de janeiro de 2011
Tempestades (de Alma Welt)
Tempestades (de Alma Welt)
Quando começava a tempestade
Aqui sobre o pampa e o casarão,
Era quando eu sentia mais vontade
De nos braços ficar, de meu irmão.
Então fingia aquilo que sentia,
Aconchegando-me nos braços do guri,
Donzela que de medo me encolhia,
Desde sempre o tom dúbio que escolhi.
E quando um grande raio ribombava,
Mais a ele tremendo eu me abraçava,
Que desejo e medo eu confundia
Na volúpia temerosa e meio louca,
No brilho úmido dos olhos e da boca
Que era puro desejo e eu não sabia...
03/10/1998
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