Para escrever sonetos como o faço,
Primeiro fecha os olhos, depois canta,
Ora repito eu como Picasso
Sobre o desenhar, que nele encanta.
Jamais procures ser inteligente,
Seja! E permita correr solto
O verso que entenda toda gente,
E o italiano diga: “Bello! Molto...”
E se alguém lembrar um verso teu,
Como poeta, digo eu, tu já vingaste
Como prece nos lábios de um ateu.
E se após tanto revés e tanto verso
For lembrado o pouco que cantaste,
Podes morrer, deixaste um Universo...
(sem data)
Há 6 anos
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