Que não seja o amor uma armadilha
E suas juras sejam veras, não falácias;
Que não nos seja o sexo uma cilha
Mas rubras nossas rosas e hemácias.
Que não tenhamos penas e nem plumas,
E que não confundamos nossa sina
Com o vale de lágrimas e as dunas
De um retorno cruel à Palestina.
Que a vida seja clara como a água
Do riacho derradeiro e intocado
Que o Homem esqueceu em sua mágoa,
Mas tendo aparado suas arestas,
Seja o pródigo filho retornado
E que o Pai nos receba em meio a festas...
08/01/2007
Nota
Acabo de descobrir, entusiasmada, este soneto inédito na Arca da Alma. Tenho certeza de que se trata de uma obra-prima do soneto universal e que assim será reconhecido no futuro... Uma coisa assim não pode passar despercebida. (Lucia Welt)
Há 6 anos
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