Quisera último e antigo Carnaval
Em que pudesse despir-me da persona
E embarcar na minha própria nau
Mesmo que me fosse dar à zona.
Sou eu mesma minha máscara, descubro,
E com ela enfrento meus receios
Ao aquecer meu coração ao rubro
Armando meus ardis por outros meios
E mesmo ser a Colombina desvairada
Que na verdade sou, pois tendo aberto
Um palco para toda a peonada,
Ou desnuda deixar que me alcançasse
A nave de desejos que desperto
Nem que ao pé do cais eu naufragasse...
(sem data)
Há 6 anos
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