Sim, preciso afinal me confessar:
Estou mesma viciada no soneto,
E como em consultório não me meto,
Esse vício vai por certo me matar.
Pois já ando com lápis e bloquinho,
E até com o toco atrás da orelha,
Como o da padaria, lá, do Minho,
Pro verso que me dará na telha,
Pulando um riacho ou na campina,
A brincar com os infantes no jardim,
Até no leito, que não mais de menina,
Onde em ondas de múltiplos orgasmos
Me pego a ver tercetos dentro em mim,
E sílabas contar por entre espasmos...
(sem data)
Nota
Acabo de encontrar este soneto na Arca da Alma, que me divertiu muito, e vou imediatamente postar no blog dos Humorísticos da Alma . (Lucia Welt)
Há 6 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário