À meia-noite o sonho começava
Após a badalada derradeira,
Como doze golpes numa aldrava
De outra grande porta de madeira
Que não a do próprio casarão
Mas do castelo em festa, revelado,
Que há aqui mesmo no sobrado
E que emerge das sombras do porão
Lá onde as garrafas dormem cheias
E esperam, cada vez mais preciosas
Novos dias de vinhos e de rosas
Que só ocorrerão no mesmo sonho
Pois o Tempo suspenso tece teias
Que enredam o real reino tristonho.
(sem data)
Há 6 anos
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