Longas vigílias, sofridas, da razão,
Em que a mente luta contra o fado,
O triste destino em comunhão
Do homem como ser desamparado.
Somos para a morte e por certo
É esse o grande laço que nos une
E talvez o segredo do deserto
Com que às vezes o coração nos pune.
No fatal desenlace somos unos
Ou, ao contrário, é a suprema solidão?
Quais os signos e momentos oportunos
Onde a revelação está, se nos escapa?
A resposta é uma cruz, uma canção,
Ou se encontra em nós sob uma capa?
(sem data)
Nota
Acabo de encontrar este soneto na Arca da Alma, que percebi ser inédito, e me apressei em postá-lo no blog dos Metafísicos da Alma. O espectro próximo da Morte encontrava ressonâncias no espírito filosófico agnóstico da Poetisa. Entretanto, ela, como poeta, era consciente de não ter respostas, somente perguntas... (Lucia Welt)
Há 6 anos
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