Por ser filha amada de meu pai
Eu pude acreditar em ser poeta,
E suspeito que o mundo um dia vai
Fruir e degustar a predileta
Nascida sob estrela de abastança,
Interior, quero dizer, e dadivosa
Meu desejo é desbordar-me generosa
Como o cálice servido na festança
Quando o "gáltcho" grato na querência
Começa a discursar aos seus compadres
E a mão já lhe treme em conseqüência
Pois os brindes brotam já em borbotões,
Junto com as juras aos confrades
De veraz fidelidade entre peões.
19/12/2006
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Nota
Emocionou-me a descoberta recente de mais esta "profissão de fé" da Alma, mista de saudação (ou brinde) e despedida do seu público como os confrades da festa da Vida. (Lucia Welt)
Há 6 anos
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