Para poder conhecer e revelar
A linguagem das coisas, tão cifrada,
É preciso ter a mágica mirada,
Aquela do pintor ao retratar
O tema, o ser humano ou objeto,
Que o mesmo amor sem sentimento
Ou sentimentalismo, o que é mais certo,
É preciso para tal empreendimento.
O olho preciso é o que é preciso
E a mente vazia de conceito
Para captar o mais conciso
Que nasce da forma em traço ágil
E é a fala das coisas, seu proveito,
Quando tudo se calou, e é tão frágil...
(sem data
Nota
Acabo de encontrar este notável soneto na Arca da Alma, e pensei primeiramente em postá-lo no blog dos Sonetos Metafísicos da Alma, que à primeira vista me pareceu ser seu lugar, mas logo me lembrei que o Zen, corrente do budismo, não deve ser confundido com o conceito ocidental de Metafísica. (Lucia Welt)
Há 6 anos
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